PARANAPIACABA

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Vila Ferroviária de Paranapiacaba

quarta-feira, 16 de março de 2011

BOCA NO TROMBONE - CET SP

Amigos,

Sou um típico cidadão paulistano. Trabalho e moro, me divirto na Cidade de São Paulo. Possuo um grande carinho por esta cidade que, aliás, mais parece um país. A relação de afeto vai da agonia ao êxtase. Tenho orgulho de sua arquitetura, vergonha de sua sujeira, carinho pelos cartões postais e desprezo pelo abandono démodé de algumas áreas (e são muitas) alegria diante de tanta cultura e tristeza diante de tamanha violência (cultural, higiênica, social, física, política etc.)

Acredito que estes são argumentos com sentenças declarativas pertinentes e suficientes para realizar uma observação que pode e deve ser avaliada como reclamação, pois ambas carregam relações de identificação ontológica (linguagem, experiência e realidade.).

Quando pensamos Cidade de São Paulo, imaginamos uma cidade país com força mundial, centro regional incorporado às dinâmicas da mundialização do capital, pólo internacional e sede de atividades produtivas geradoras de emprego, renda e conhecimento. Devido a tais características, é imperativo que a administração municipal e suas autarquias tenham virtude, coesão e coerência administrativas.

Meu objeto de análise é a Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo – CET SP e NÃO os Agentes de Trânsito ou Técnicos de Trânsito.

Antes de realizar a devida crítica reconheço que o trânsito é um espaço coletivo, onde cada um deve ter sua parcela de respeito, obrigação e responsabilidade. É um espaço social e como tal deve atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. (Durkheim).

Entretanto, a CET e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras pouco fazem para a melhoria da circulação e organização do trânsito. (absolvo os Agentes - para lembrar) Digo isso, envolvendo a referida Secretaria, porque as decisões de investimento no trânsito paulistano são realizadas em conjunto pela Secretaria Municipal de Finanças, que detém a verba das aplicações da multas (e são muitas), a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras, que planeja e executa construções e reparações com esse dinheiro e a própria CET, que organiza e fiscaliza o trânsito.

Detectar onde investir e por que investir é súmula importância. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras com a devida referência da CET deveriam monitorar e estudar as áreas de maior circulação. Para se ter referência do volume arrecadado (Folha de S. Paulo) em uma estimativa publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, no ano passado ocorreram pelo menos 6 milhões e 300 mil multas na cidade de São Paulo que gerou uma verba de 473 milhões de reais, a maior quantia da história do município. De 2008 para 2009, houve um aumento de 22,6% no valor arrecadado com multas.

Quando este valor será remetido para a melhoria técnica de semáforos que órfãos de sincronismo e manutenção (e até mesmo inexistência) pioram catastroficamente o trânsito? Exemplo deste vício são corredores como Av. Paes de Barros, Avenida Aricanduva, Avenida Paulista entre outras.

Buracos na cidade de São Paulo conseguem fazer aniversários e ganham até apelidos tais como “cratera do Alpina” na Vila Alpina. Não vamos nos esquecer das tampas de visitação de esgoto / águas pluviais sincrônicas de 3,2 Km da avenida do Estado que se encontram rebaixadas nas faixas seccionadas. Para desviar destas patéticas tampas corremos o risco de colidir com a guia ou com o veículo à nossa direita.

Será que o trânsito é reflexo do excesso de veículos ou da escassez de planejamento, manutenção e organização do trânsito?

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